História de Matozinhos

por Câmara Matozinhos — última modificação 12/07/2023 10h57

Os remanescentes da antiga bandeira de Dom Rodrigo de Castelo Branco foram os primeiros habitantes civilizados que chegaram à região onde hoje se localiza Matozinhos. Após a morte do bandeirante, seus companheiros dispersos procuraram se instalar, apossando-se das terras ao redor de onde se encontravam. Há vestígios comprovantes de que toda a região fora anteriormente habitada por indígenas, muito embora não se conheça ao certo suas tribos e costumes mais característicos. As terras de Matozinhos saíram das que compunham três antigas sesmarias doadas ao tenente José de Souza Viana, a Dona Isabel Maria Barbosa de Ávila Lôbo Leite Pereira e ao tenente Antônio de Abreu Guimarães.


O povoado, que foi denominado Matozinhos, iniciou-se ao redor da capela do Senhor Bom Jesus, que foi edificada no local onde fora descoberta uma imagem do santo, entre ruínas de antigo acampamento. O senhor Bom Jesus, passou então a ser o padroeiro do lugar e até hoje, multidões de fiéis fazem romaria à cidade, no mês de setembro. Em 23 de agosto de 1823 o povoado foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de “Freguesia do Senhor do Bom Jesus de Matozinhos”, e até 1943, pertenceu sucessivamente a Sabará, Santa Luzia e Pedro Leopoldo. Em 1º de janeiro de 1944 foi elevado a Município, com o nome de Matozinhos, sendo elevado a Sede da Comarca em junho de 1955. A inauguração estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, em 1895, produziu novos reflexos progressistas, como a instalação da primeira fábrica de tecidos de lã em Minas gerais, em 1908, na localidade denominada Periperi.


Matozinhos está situado em um planalto, por isso o aspecto geral do seu território é montanhoso, sendo o Pico da Roseira seu ponto mais elevado, com 1.011 metros de altitude. Outras atrações compõem o cenário turístico de Matozinhos. A formação de rochas calcárias revelam a grande riqueza arqueológica e espeleológica da região, onde se destacam as grutas “Cerca Grande”, “Poções” e “Ballet”, sendo que nesta última encontra-se o painel de pintura rupestre denominado “Ritual de Fecundidade”. Construções antigas como as da igrejinha de São José, construída em arquitetura colonial, no século XVIII, são também relíquias da cidade. Referência especial merece a Fazenda da Jaguara, sede do chamado “Vínculo da Jaguara”, que se constituiu em importante estabelecimento rural do período colonial.


Filhos ilustres ajudaram a criar parte da história, tais como Bento Gonçalves, Caio Martins e Agripa de Vasconcelos. Cavalgadas, Jubileu do Senhor Bom Jesus, congados, folia de reis, enfim, as festas mais típicas do interior mineiro também são acontecimentos na cidade. Bons restaurantes, hotéis e um povo acolhedor estão de braços abertos para receber você e sua família. Venha conhecer um pouco da história de Minas e suas belezas naturais em Matozinhos, a 47 Km da capital mineira.

 

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